terça-feira, 22 de julho de 2008

Alma rara

Maria deve ser
uma alma antiga,
daquelas bem antigas.
Das primeiras, talvez.
Quem sabe,
contemporânea
de Adão e Eva,
e da serpente.

Só assim se explica
seu riso e sua bondade.

Deve ter morrido
em muitos corpos
e reencarnado
umas quantas vezes,
em outros tantos corpos,
replicada, multiplicada,
e, em cada uma
dessas mortes-vidas,
se refeito, se apurado,
se aperfeiçoado tanto,
mas tanto, tanto,
que agora atingiu o limite:
a perfeição dos anjos.

Maria não precisa mais morrer.


Aetaeneeerre aerreaep

3 comentários:

Anônimo disse...

Marcelo, vc sabe que leio suas palavras a mais de 04 anos, desde que tive a sorte de conhecer seu trabalho, e a cada vez mais me surpreendo.Acho melhor economizar nas palavras e deixar que a minha emoção te conte tudo.
Minha admiração e meu carinho por vc.

Anônimo disse...

Ola ,adorei o q escrevestes, meus sinceros parabéns...uma amiga q indicastes teu poema a mim...de cujo nome Clau...
Abraços e q Deus te de muita paz e sabedoria pra continuar a escrever coisas lindas assim.

Renata Mofatti disse...

E Maria não precisa morrer porque está viva em sua poesia-quase-melodia!!!! Marcelo fez renascer Maria... Parabéns!