sexta-feira, 1 de agosto de 2008

A Guria

Há, sim, uma guria,
de olhos-jabuticaba,
perdida nesse mundo,
que mais dia menos dia,
surgirá, assim, do nada,
apagando teu passado,
teu mundo obscuro,
indeciso, rejeitado,
revelando o novo,
o desconhecido,
o tão-esperado.
Eita, seu moço
de olhos cegos,
há uma guria,
bem aí (olhe!),
chamada Maria,
que te resgatará
ainda nesta vida.

3 comentários:

Anônimo disse...

Hummm.... Mas esse poema concreto exibe algo de muito interessante, hein? Eita, seu moço de olhos cegos, há tantas, tantas Marias, que apenas tu não queres enxergar!

Anônimo disse...

E o pior é que não quer mesmo. Fazer o que? Cismou, deixa.

Paixão, M. disse...

Formas interessantes!!
Continuo não-convencida de que poesia lhe dói pra sair. Pode sair pra doer. Pra doer do lado de fora a dorzinha de dentro. Mas dói de um jeito bonito que só!

Adorei essa... abra os olhos, seu moço!

bjo e saudade! andamos sumidos.